Acecap realiza missão técnica para conhecer rebeneficiadora de cafés especiais para micro e nanolotes – Circuito de Noticias

A Acecap – Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Circuito das Águas Paulista levou um grupo de produtores de cafés da associação para conhecer a Fazenda Minamihara, em Franca, região da Alta Mogiana, interior de São Paulo, e seu projeto pioneiro de implantação de uma mini usina de Rebenefício de Micros e Nanolotes de Cafés Especiais, desenvolvido pela Palinialves. A visita técnica contou com 17 produtores de cafés do Circuito das Águas Paulista e teve patrocínio do SEBRAE-Campinas.

O projeto inovador da mini usina para rebeneficiamento de cafés especiais – que reúnem alta qualidade em pequenos volumes, foi desenvolvido pela Palinialves, empresa especializada na produção e no fornecimento de maquinários e soluções tecnológicas para fazendas e armazéns de café a mais de 40 anos.“Todos os equipamentos aplicados neste projeto foram desenvolvidos especificamente para trabalhar com este tipo de café, desde a seleção de impurezas, por tamanho, por densidade e seleção eletrônica por cor, tudo é automatizado e separado, com tecnologia para garantir a pureza e qualidade de cada lote”, explica Carlos Henrique Palini, diretor comercial da Palinialves.

O objetivo da visita técnica foi além do projeto da mini usina de rebenefício, conhecer o espaço Minamihara – cafés especiais, naturais e orgânicos, que reúne ainda torrefação, cafeteria com degustação de cafés e lanches com produtos feitos no local, e tour guiado pela plantação, sombreada por pés de abacate “avocado”, que proporcionam lotes com características bem específicas. “A visita serviu para conhecer  de perto o projeto de rebenefício de cafés especiais, que permite preservar atributos de cafés excepcionais produzidos em pequena escala, trocar experiências e nos inspirar para um projeto semelhante para a Acecap, podendo futuramente prestar serviços para os associados e comunidade regional e revelar ainda mais os atributos do café com selo do Circuito das Águas Paulista, que vem ganhando cada vez mais prêmios” explicou Silvia Fonte, presidente da Acecap, que organizou a missão técnica de aprendizado para os produtores com apoio do Sebrae.

Processos para grandes lotes vivem outra realidade, até pouco tempo atrás, o benefício e rebenefício não atendiam adequadamente o preparo para pequenos lotes.  Caso em que os maquinários e a convencional mesa densimétrica precisam de grandes volumes de cafés para funcionar e por acumularem resíduos, tornava o preparo de pequenas quantidades de cafés especiais algo bastante desafiador para os produtores de micro e nanolotes.

Até recentemente, o produtor Getúlio Minamihara, precursor no projeto que deu origem a mini usina de rebenefício, conta que, dependendo da quantidade de café, não conseguia rebeneficiar. “Muitos equipamentos têm o volume mínimo de 20 ou 30 sacas para começar a trabalhar”. Para ele, os maiores diferenciais do projeto estão na solução da densimétrica, na transportadora pneumática autolimpante e nos equipamentos compactados para atender com precisão pequenas quantidades.

Exatamente por ser focado na produção de pequenos lotes de excelência, Getúlio Minamihara participou do desenvolvimento em parceria com a Palinialves dos equipamentos que propiciaram a criação de um novo método: a Técnica Mitsuhiro Minamihara de Rebenefício (TMM).

Juntos aos microlotes e demais varietais dos cafés produzidos pela família Minamihara, os participantes conheceram o funcionamento da mini usina, com apenas 4 anos de implantação, e um pouco dos 50 anos de evolução, história e tradição da família produtora de café, que trouxe para o cafezinho servido na cafeteria um pouco da cultura ancestral japonesa, como por exemplo, nas louças criadas com exclusividade e na história do produto.

O representante da Palinialves, Samuel Machado, que acompanhou a missão técnica da Acecap, ressaltou que a visita promoveu uma grande troca entre os cafeicultores. Do campo à variedade de lotes, novos caminhos de processamento e beneficiamento do café, como a solução da usina de rebenefício de cafés especiais, onde o Brasil vem crescendo, sendo preciso chegar às mãos dos pequenos produtores e cafeicultores familiares esse nível de tecnologia.  “A Palinialves é pioneira na elaboração de projetos para este nicho e na qualificação de máquinas, e o Circuito da Águas Paulista reúne uma concentração de pequenos produtores de café de qualidade, que precisam processar seus cafés de pequenos lotes, o que irá contribuir no reconhecimento da indicação geográfica dos cafés da região”, defendeu.

Segundo a produtora de café Natália Luglio da Fazenda Floresta, de Serra Negra, conhecer a produção de café Minamihara foi uma grande experiência, seja pelo diferenciado manejo adotado, já que trabalham com o mínimo de insumos, quanto pelo consórcio com abacate. “A parte de beneficiamento do café surpreende, realmente cuidam dos grãos nos mínimos detalhes, além de aprender sobre outras formas de se produzir café para micro e nanolotes”, ressaltou.

Para Rodrigo Binot, Engenheiro Agrônomo da CATI Regional Socorro, que agradeceu o convite, a visita foi enriquecedora e uma inspiração para trilhar um caminho para o Circuito das Águas Paulista, principalmente na área do rebenefício e instalações, objetivo da missão. “Uma estrutura muito boa. Valeu à pena. Embora sabemos que uma estrutura desta não é barata, mas não é impossível, vai depender muita da atuação do grupo e articulação regional para trazer investimentos para região”, reforçou .

Assessoria de Imprensa da ACECAP
Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Circuito das Águas Paulista 
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